41 milhões de crianças morreram em 2018
Gostava que cada um pensasse nestes três pontos:
- Assassinar alguém está errado?
- Assassinar é tirar deliberadamente a vida inocente de alguém?
- O aborto resulta sempre na morte de um vida inocente.
Acho que posso dizer que todos concordam que assassinar é algo errado e que a definição é tirar a vida inocente de alguém.
As opiniões divergem no ponto número 3. Porquê? Porque a maior parte das pessoas defende que no momento da fecundação, o que se cria é um punhado de células e não um bebé. Para uns, mantém-se punhado de células até às 10 semanas, para outros até às 12...24 semanas....30....até quando? O que é que acontece no útero da mãe para converter este punhado de células num bebé? Quando e como se determina que é pessoa? Que magia acontece que transforma células em pessoas?
Não somos partes dentro de um corpo...pelo exterior não é acrescentado um coração ou um fígado ou pele...não nos são acrescentadas partes. Começamos de uma só vez, após a fusão de duas células (o espermatozóide e o ovócito) que formam o embrião, que com o tempo se vai desdobrando e mostrando todo o seu potencial. Cada embrião tem um código genético irrepetível, é um ser único, desde o momento da conceção até à sua morte. Nada é acrescentado a não ser nutrientes e oxigénio.
41 milhões de crianças. Sim, este número é real. Em 2018 foram realizados cerca de 41 milhões de abortos, tornando-se a principal causa de morte no mundo.
Argumentos como:
# são tecidos e células, não um bebé
# o meu corpo, a minha escolha
# aborto, necessário em caso de violação
# aborto: previne a pobreza e o sofrimento
# aborto: as mulheres vão fazê-lo na mesma
Não são válidos, pois trata-se sempre de um ato violento contra uma vida inocente.
Já estabelecemos acima que os dois primeiros argumentos não são válidos e comunidade científica apoia (basta uma simples pesquisa no Google). Aqui ficam alguns exemplos:
Dr. Alfred M. Bongiovanni, professor de Obstetrícia, University of Pennsylvania:
"I have learned from my earliest medical education that human life begins at the time of conception. I submit that human life is present throughout this entire sequence from conception to adulthood and any interruption at any point throughout this time constitutes a termination of human life."
Dr. Jerome LeJeune, professor de genética na Universidade de Descartes em Paris (descobriu o cromossoma do Síndrome de Down):
"After fertilization has taken place a new human being has come into being. . . . This is no longer a matter of taste or opinion. Each individual has a very neat beginning, at conception."
Professora Micheline Matthews-Roth, Harvard University Medical School:
"It is scientifically correct to say that an individual human life begins at conception."
Professor Hymie Gordon, Mayo Clinic:
"By all the criteria of modern molecular biology, life is present from the moment of conception."
# o meu corpo, a minha escolha
Biologicamente, um bebé dentro do útero não é corpo da mulher nem faz parte do corpo da mulher. É um ser vivo completo e distinto, um corpo separado. Como é que se pode dizer que é a minha escolha, se é o meu corpo quando não estamos a dar escolha à outra pessoa que ainda não tem voz? Deveria ser 'os nossos corpos, a minha escolha', porque quando uma mulher está grávida é, claramente, o elemento forte que pode decidir o que fazer com o corpo fraco e pequeno que carrega dentro do seu próprio corpo. Quando uma mãe escolhe abortar, está a decidir por dois. Desengane-se quem acha o contrário.
# O aborto
em caso de violação, no caso de deficiências, no caso de impossibilidade financeira...no
fundo, o aborto como solução quando o bebé não é querido.
Não é verdade que há pessoas a viver na pobreza? Alguma vez se ouviu dizer que as mães com filhos a viver na pobreza, têm o direito de os matar porque não conseguem sustentá-los? Sabemos perfeitamente que independentemente das dificuldades financeiras, não se mata a vida inocente de uma criança. Há formas de ajudar, instituições, organizações, etc. para intervir em situações financeiras difíceis, bem como para gerir situações emocionais complicadas.
As limitações físicas ou mentais são sinónimo de uma vida infeliz e miserável? Todos conhecemos crianças e adultos vivos que têm alguma deficiência ou doença...são menos pessoas por isso? Não matamos pessoas pela sua incapacidade, PONTO FINAL. Por isso, assim como as incapacidades e deficiências não desqualificam alguém que já nasceu, também não o deveriam fazer a quem não nasceu. O sofrimento não é algo mau. É um meio para um fim, uma parte crucial da vida, que calha a todos, nas mais variadas formas. Não nos cabe a nós decidir quem tem uma vida suficientemente digna para existir e quem não se qualifica. Certamente não gostaríamos que alguém tomasse essa decisão por nós...
Quanto aos casos de violação... Vou colocar uma situação hipotética: uma mulher que foi violada, tem o bebé e cinco anos depois apercebe-se que não consegue lidar com a situação porque o filho lhe faz lembrar o pai biológico. Tem o direito de o matar? Claro que não. Independentemente das circunstâncias em que a criança foi concebida, não deixa de ser uma vida humana e esse direito não lhe pode ser tirado.
E se a criança não tivesse nascido mudava alguma coisa? Não. As circunstâncias não mudam a realidade. Infelizmente, neste caso, a violação também é um ato de violência contra alguém inocente. No entanto, abortar só irá aumentar este padrão de violência. A violação é algo que a mulher carrega sem qualquer responsabilidade e o aborto é algo que terá de carregar, aumentando a sua dor. Se não é legítimo matar alguém depois de nascer concebido numa violação, então também não o é antes de nascer.
Deveria ser legal, pois as mulheres vão fazê-lo na mesma. Há roubos todos os dias...isso significa que o roubo deveria ser legalizado? As leis não eliminam comportamentos, mas reduzem-nos. Além disso, as leis são feitas para proteger potenciais vítimas, não para o contrário, proteger quem comete o crime. Basta olhar para os números desde que o aborto foi legalizado para verificar que a mulher fica influenciada por esta lei (ver imagem abaixo). A legislação não pode acabar com o aborto, mas pode diminuir o número de abortos feitos.
A vida não é um acidente e o aborto não é solução. Queiramos ou não ver, é matar... acabar com a vida de alguém que não pode decidir nem se pode defender. Não inventemos desculpas. É preciso defender as duas vidas. O aborto não é seguro, pode causar vários danos à mulher (emocionais, físicos, na relação com os outros, etc.). Para quem precisa de apoio ou mais informações, clicar aqui.
Recentemente vi um filme que fala, sem máscaras, sobre esta realidade. Chama-se UNPLANNED e recomendo a TODOS. A quem não sabe onde se posicionar, a quem acha que sabe tudo sobre o aborto, a quem o defende, a todos. Fica aqui o link para ver em stremio:
Finalmente, faço propaganda à Caminhada pela Vida! Será no dia 26 de outubro às 15h no Porto (a começar na Sé do Porto). É muito importante chegar a toda a gente e mostrar que defendemos a VIDA. Temos de falar por aqueles que não podem, pelos que não nasceram... Ninguém vai caminhar por nós, por isso tem de partir de cada um, a diferença faz-se com cada um: passar a palavra, levantar o assunto, não ter medo de defender a vida! Conto com todos no dia 26 de outubro.
As fontes deste artigo estão escritas em todas as palavras que aparecem sublinhadas, bem como nas fotografias. Basta clicar e será direcionado para a fonte.
Defendendo a Vida - Parte 1